

Neste mês de Abril, a Revi
sta Veja conta sobre a história do Justin e conta que a internet foi uma de suas aliadas para o topo da fama! (Obrigada à leitora do OJ, Letícia Bilard, que nos avisou sobre a matéria e nos enviou Scans) Confira a matéria na íntegra:
Com sua cara lisa e seu cabelo escovadinho, Justin Bieber é o ídolo da hora entre as meninas, que se desmancham com canções como One Time. Seu álbum de estreia, My World, emplacou 4 singles nas paradas de sucesso em 2009. No mês passado, My World 2.0, que acaba de chegar às lojas brasileiras*, vendeu 283.000 cópias só na primeira semana do mercado americano.
Aos 16 anos, Bieber tornou-se o segundo artista-solo mais jovem a alcançar o topo da parada americana com um disco. (Stevie Wonder ainda detém o recorde, com o álbum The 12 Year Old Genius.) Mais prodigioso ainda são os números de Bieber na internet. O cantor da franjinha tem mais de 64 milhões de acessos no My Space: seus vídeos no YouTube passaram a marca de 160 milhões de espectadores; e seu perfil no Twitter conta com 1.8 milhão de seguidores. Esse sucesso nas redes sociais foi consolidado antes do lançamento dos discos. Justin Bieber é o exemplo mais consumado das mudanças substanciais que a internet está impondo ao mercado musical e sobretudo, ao modo como um artista se relaciona com seus fãs.
A carreira de Bieber começou há três anos, quando ele tirou o segundo lugar em um concurso de calouros na sua cidade natal, Stratford, de 30 000 habitantes, na província canadense de Ontário. Bieber postou a apresentação no YouTube, juntamente com suas gravações de sucesso de artistas como Aretha Franklin e Usher. Pretendia mostrar suas performances a parentes e amigos. Em alguns meses, porém, os vídeos foram vistos mais de 10 milhões de vezes e despertaram a atenção do empresário americano Scooter Braun, que contratou o menino-prodígio e o carregou com a mãe, claro, para Atlanta, no estado da Geórgia, onde o jovem talento se aprimorou com aulas de canto e dança. O empresário até arrumou um “instrutor de ginga”, para que Bieber aprendesse a andar e dançar com o molejo de um verdadeiro astro pop. Clipes do cantor continuaram sendo postados no YouTube. Embora, jpa contassem com a produção profissional, conservaram um certo jeitão de vídeo caseiro, pois era importante que os fãs vissem o garoto como um talento espontâneo pela internet. Bieber, enfim, foi fabricado para não parecer fabricado.
Lenta e conservadora, a indústria fonográfica patinou muito tempo para acertar o passo com a internet. Mas está recuperando o atraso. Em 2009, as vendas digitais movimentaram 4,2 bilhões de dólares no mundo inteiro. Mesmo no Brasil, que engatinha no comércio de música on-line, a loja virtual iTunes, por exemplo, não chegou aqui, a aceitação dessa tecnologia cresce. Segundo dados da Associação Brasileira dos Produtores de Discos, as vendas digitais em 2009 tiveram um aumento de 159% em relação ao ano anterior. A venda de CDs, em compensação caiu 80% nos últimos seis anos. O caso de Bieber demonstra que, para além de um mero canal de comércio, a internet é uma ferramenta poderosa para lançar artistas. O site MySpace, por exemplo, vêlou o grupo Inglês Arctic Monkeys, a cantora inglesa Lily allen e a brasileira Mallu Magalhães. Rádio e televisão ainda são as maiores plataformas para a fama, mas a internet é o palco primeiro das bandas da novíssima geração. (…)
Descoberto no YouTube, assíduo no Twitter, Justin Bieber é o ídolo da geração que cresceu online. Mas o que ele oferece às suas enlouquecidas fãs adolescentes não constitui em novidade: romantismo comportadinho, temperado por outra insinuação de sexo (“se você me der a primeira dança, prometo ser gentil”, sugere o cantor em First Dance). É uma espécie de boy band em um garoto só. A internet abriu novos caminhos para a música, mas isso por si só está longe de garantir inovação.